segunda-feira, 30 de novembro de 2015

IMAGEM IMPRESSA 2. Semestre 2015 SESC POMPÉIA


SI VOUS N'AVEZ PAS DE RÊVE, VOUS  N'AVEZ PAS D'ÂME
( Se você não tem sonhos, você não tem alma)

Pensei neste curso, ministrado pelo prof. Augusto Sampaio, criar algumas imagens em xilogravura a partir da leitura do conto japonês: "O Cortador de Bambu". Este conto, datado do século X, "faz parte das histórias tradicionais do Japão, contadas e recontadas oralmente, de uma geração a outra" .
A versão usada foi de Yasunari Kawabata, escritor japonês ganhador do prêmio Nobel de literatura.
No conto, nota-se "o surgimento da formação do pensamento budista através da princesa Kaguya que surge como divindade, cuja vida é eterna". Nota-se também "os mistérios que cercavam a humanidade como a lua". "É um conto encantador, mas ao contrário da maioria dos contos de fadas, seu final não é feliz. Isto é uma característica dos contos japoneses: finais nem sempre felizes.   


- "Eu a descobri porque você estava aqui, entre os bambus que vejo todos os dias".



"No começo da primavera, numa noite de lua cheia, Kaguya-hime foi para o jardim e lá ficou longo tempo, perdida em seus pensamentos". "Não sou deste mundo. Vim do Palácio da Lua, devido a uma obrigação assumida em minha vida anterior." 


- "Só o que sei é que me arrependerei se eu me casar com um homem sem estar segura dos seus sentimentos por mim. Não importa que sejam homens distintos; não quero me casar com nenhum deles sem ter certeza da sua sinceridade".  

"Se eu tivesse nascido neste mundo, ficaria com vocês e nunca lhes causaria nenhum sofrimento. Deixar a Terra vai completamente contra os meus desejos...." Nas noites em que a Lua brilhar no céu, olhem para ela fixamente e tudo ficará melhor. Estarei pensando em vocês."

segunda-feira, 13 de julho de 2015

A VIDA NÃO É SÓ TRABALHO!

Neste feriado de 9 de julho de 2015, fui passear por Minas Gerais. Participei da excursão do Sesc Consolação - MINAS EM CENA - conhecendo as cidades de Betim, Brumadinho e Catas Altas. Tivemos dois ótimos guias: Paulo Dourado e Neuma Horta.

Em Betim fomos conhecer o Salão do Encontro, fundado pela Profa. Noemi Gontijo e o Parque Ecológico Vale Verde.











Em Brumadinho, o Instituto Cultural Inhotim - O empresário Bernardo Paz idealizou em meados de 1980 o Centro de Arte Contemporânea Inhotim - um complexo museológico de galerias e jardins. Lá estão obras de vários artistas brasileiros contemporâneos: Cildo Meirelles, Adriana Varejão, Lygia Pape, Hélio Oiticica, etc. www.inhotim.org.br











Em Catas Altas, o Santuário do Caraça - um grande patrimônio histórico, ambiental e cultural. Há 200 anos, o Irmão Lourenço ergueu o Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Durante 150 anos, um Colégio e um Seminário formaram grandes homens para a Igreja, para Minas e para o Brasil.
www.santuariodocarca.com.br


    




terça-feira, 14 de abril de 2015

"PROJETO MULHERES EM CARTAZ" - SESC BELENZINHO 2015

Aconteceu nos meses de fevereiro e março 2015, no Sesc Belenzinho, o Projeto Mulheres em Cartaz: "Série de atividades que referenciam o protagonismo feminino em diferentes áreas culturais".

Transcrevo o texto do Núcleo da Imagem e da Palavra do folder do Sesc Belenzinho:

"Por uma História das Mulheres"

"Se a visão hegemônica da história é aquela narrada majoritariamente por quem domina em detrimento de quem é dominado, este projeto pretende tecer outros pontos de vista, por meio  de abordagens históricas e culturais, onde a mulher se apresenta como sujeito transformador em movimentos importantes da trajetória humana. Não é difícil apreender que o papel da mulher foi continuamente subjugado, restringindo-se às suas funções biológicas, como a da reprodução e suas derivações - trabalho doméstico, criação dos filhos, etc. Nas artes visuais, a imagem da mulher esteve associada a mitos de origem e outras características elementares à condição humana - como a fertilidade - enquanto o papel da autoria era atribuído aos homens.
Hoje, o empoderamento feminino alcançou condições mais representativas. Isso se deve aos movimentos de insurgência que, ao longo da história, requisitaram não somente a igualdade de direitos e a liberação ante as formas de exploração como também o reconhecimento por seu protagonismo. No entanto, as diferenças ainda são latentes. Dessa forma, ações que promovam a compreensão do potencial feminino na elaboração e produção de valores nos mais diversos campos de atuação humana são salutares. Seja nas artes visuais, na tradição oral, na literatura, na moda, na filosofia, nas ciências, na tecnologia e na saúde, sustentamos a importância em afirmar o protagonismo feminino em diferentes áreas culturais. É sob essa perspectiva que o projeto Mulheres em Cartaz propõe para o âmbito das discussões públicas a possibilidade de ampliar, reconhecer e valorizar os papéis social, cultural e político das mulheres.

Da série de atividades, participei de 2  oficinas: Vkhutemas e Bauhaus - As Mulheres nas Escolas da Modernidade em fevereiro e em março: As Mulheres no Design de Padronagens, com orientação de Celso Lima.

Realizei 4 trabalhos em serigrafia artesanal sobre algodão, que mostro a seguir:













sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Xilogravura - Projetos 2º Semestre 2014

xilogravura Shiko Munakata

A Oficina de Xilogravura - Projetos, ministrada por Augusto Sampaio me trouxe a possibilidade de concretizar um projeto reunindo a xilogravura com a estampa. A leitura do livro: "Em louvor da sombra", de Junichiro Tanizaki me deu o lado poético. A sensação que tive ao lê-lo foi de que estava diante de uma xilogravura ..."admirar a capacidade dos japoneses de compreender o mistério das sombras e usar o claro-escuro com propriedade e engenho.  .....é uma reentrância vazia formada de madeira e parede, para onde a claridade é atraída de maneira a criar indistintas manchas sombrias aqui e ali". Tanizaki é um dos escritores mais importantes do Japão do Século XX. Outro artista japonês que me chamou muito atenção e com o qual me identifiquei foi Shiko Munakata. Suas xilogravuras são admiráveis e algumas lembram verdadeiras estampas.


Minhas xilogravuras criadas na Oficina











 

Peças produzidas com as estampas - Feira de Natal da Vila Madalena - dezembro 2014














terça-feira, 17 de junho de 2014

BLOCK PRINTED - ESTAMPA PADRONADA

Foi muito importante para mim, a participação na Oficina Block Printed - Estampa Padronada, ministrada por dois mestres: um com larga experiência nas técnicas da Xilogravura: Augusto Sampaio; outro com 20 anos de experiência nas técnicas de Estamparia: Celso Lima. O aluno ganha um duplo conhecimento com essas técnicas distintas, que possibilitam a criação de um produto diferenciado e rico em recursos de utilização. Obrigada aos mestres.

Minhas estampas














sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Patchwork, Bordado e Literatura - Livro de Artista (Profs. Benigna Rodrigues e Wagner Vivan)


A Oficina Patchwork, bordado e literatura - Livro de Artista do Sesc Pompéia foi muito interessante. Foi uma busca de si mesmo pela leitura de vários textos literários:  Cecília Meirelles, Fernando Pessoa, Manoel Bandeira, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Manoel de Barros, etc. A vida é uma experimentação e um enigma. O processo seria esse: experimentar vários materiais têxteis ( costurados e bordados) juntando com várias coisas da sua vida. Criando como uma aranha que sai de dentro do jeito que sair,  buscando expressar sua história. As palavras de Benigna e Wagner foram verdadeiras lições de vida: os caminhos dentro de si mesmo e como a gente se perde neles. O jeito é viver. São materiais desconstruídos e harmônicos: é um caos organizado, como disse a Profa. Benigna Rodrigues.
A escolha do meu tema foi: "Minha segurança é uma teia de aranha". Escolhi dois poemas: Por um fio ( música de Zé Miguel Wisnik) e  J'aime l'araignée (Victor Hugo).

POR UM FIO ( José Miguel Wisnik)

Por um fio me parto em dois
Aceito o que a sorte dispôs
No meu caminho
Vejo a vida, a morte e o depois
Não vou viver jamais sozinho
Porque sou dois
Sou mais que dois
Sou muitos fios
Que vão se tecendo
Com a voz do outro em mim
E quem canta não sabe o fim
Com medo e alegria
Ele anda por um fio

J'aime l'araignée ( Victor Hugo)
J'aime l'araignée et j'aime l'ortie,
Parce qu'on les hait ;
Et que rien n'exauce et que tout châtie
Leur morne souhait ;

Parce qu'elles sont maudites, chétives,
Noirs êtres rampants ;
Parce qu'elles sont les tristes captives
De leur guet-apens ;

Parce qu'elles sont prises dans leur oeuvre ;
Ô sort ! fatals noeuds !
Parce que l'ortie est une couleuvre,
L'araignée un gueux;

Parce qu'elles ont l'ombre des abîmes,
Parce qu'on les fuit,
Parce qu'elles sont toutes deux victimes
De la sombre nuit...

Passants, faites grâce à la plante obscure,
Au pauvre animal.
Plaignez la laideur, plaignez la piqûre,
Oh ! plaignez le mal !

Il n'est rien qui n'ait sa mélancolie ;
Tout veut un baiser.
Dans leur fauve horreur, pour peu qu'on oublie
De les écraser,

Pour peu qu'on leur jette un oeil moins superbe,
Tout bas, loin du jour,
La vilaine bête et la mauvaise herbe
Murmurent : Amour !

AUTORRETRATO

De mim sei, não tudo.
Clareza mental na poesia, grandes mãos que tentam abarcar a multiplicidade do mundo pelo desenho, pelas linhas, pelos tecidos, pelas cores.
Apreciadora das artes, da natureza e dos passarinhos.
Difusa em fios, sou uma face antiga que se elabora em silêncio.